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Empowerment (Empoderamento)

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           Nesta fase propõem-se o empoderamento dos estudantes, através da realização de uma ação coletiva sobre as situações problema identificadas e estudadas na dimensão anterior, para provocar a transformação socioambiental, promovendo a valorização do protagonismo e da cidadania. Além disso, é importante que o conhecimento que foi produzido durante todo o processo seja socializado.

         O empoderamento, numa perspectiva freireana, resulta de um processo de ação/interação social, a partir do qual o pensamento crítico em relação a realidade é gerado, possibilitando a transformação, envolvendo a passagem de um estado de consciência ingênua para um estado de consciência crítica, ou seja de conscientização, através da práxis, construindo um olhar mais crítico possível da realidade.

          Dessa forma, objetivou-se organizar e aplicar uma ação coletiva para a melhoria do ambiente escolar, aplicando as proposições feitas pelos estudantes durante a ampliação.

         Para tanto, iniciamos o planejamento verificando o que seria necessário e confeccionando uma lista. Feito isso, percebemos que precisaríamos de utensílios e materiais que não tínhamos e os alunos sugeriram pedir contribuições no comércio local. Providenciei, então, junto a secretaria da escola, ofícios e os estudantes foram solicitar auxílio, depois do horário de aula, retornando no dia seguinte com latas de tinta, sacos de pregos, alguns vasos, pincéis, solvente e pallets doados pelos comerciantes.

          Com o planejamento feito e os recursos garantidos fui conversar com a diretora da escola, que estava ciente do projeto desde o início, para realizarmos o mutirão de ação coletiva. Contudo, nessa oportunidade ela não permitiu ou desencorajou a realização da maioria das proposições.

          Após esse diálogo, tive a difícil tarefa de dizer para a turma que não poderíamos realizar a maior parte das proposições, tivemos que repensar, replanejar todo o fechamento de nosso projeto. Combinamos de criar os jardins verticais no pavilhão do Ensino Médio, convidando cada uma das turmas deste nível, do turno da tarde, para “adotar um pallet”, se responsabilizando pelo plantio e o cuidado com as plantas.

          Pintamos os pallets e na semana seguinte eu saí com um grupo de alunos para buscar o material que faltava, parafusos, furadeira, chaves de fenda, pá, vasos e mudas. Os meninos fixaram os pallets nas paredes e um outro grupo ficou encarregado de encher os vasos de terra no pátio da escola., quando tudo estava organizado chamamos os alunos das demais turmas do Ensino Médio para realizar o plantio, regar e colocar seus vasos no lugar. Foi uma tarde de trabalho intenso e muita dedicação, afinal foi a ação que nos sobrou para finalizar o projeto, de tudo que sonhamos fazer coletivamente, mas apesar de não ser tudo o que queríamos fizemos com muito empenho, alunos e professora unidos pela persistência, pela resistência e pela vontade de fazer algo para melhorar nossa escola, por menor que fosse a ação.

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Alunos trabalhando na montagem e plantio dos pallets

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Turmas do Ensino Médio com seus pallets adotados.

Para socializar o conhecimento que foi produzido, inscrevi um grupo de alunos, para representar a turma, na Mostra de Iniciação Científica do 10º Salão Internacional de Pesquisa e Extensão (10º SIEPE), os auxiliei na construção de um resumo expandido e de uma apresentação oral e, dessa forma, os resultados obtidos pelos estudantes foram divulgados para a comunidade científica, levando os alunos a perceber a importância e a relevância de suas pesquisas e, assim, sentir-se empoderados.

 

10º Salão Internacional de Ensino Pesquisa e Extensão, Santana do Livramento/RS, 6 a 8 de novembro de 2018. Anais do evento ainda não disponíveis. Endereço eletrônico: <https://eventos.unipampa.edu.br/siepe/apresentacao/>

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Foto antes da entrada do evento

Alunos participando do 10º SIEPE

          Enquanto realizávamos o planejamento e a execução das tarefas desta dimensão, em função das várias adequações necessárias e para não perder o ritmo das aulas iniciei o trabalho com o conteúdo de Sistema Digestório, e para encerrá-lo, requisitei aos estudantes uma atividade de pesquisa sobre a teníase e solicitei que procurassem relacionar com os porcos que encontramos em nossa expedição de estudos no aterro sanitário, considerei dessa forma esse trabalho como uma atividade extra relacionada diretamente a intervenção e de grande importância, pois apesar de não fazer parte do planejamento original, possibilitou aos educandos estabelecer relações entre o conhecimento construído e sua aplicação prática/cotidiana, que é o objetivo final de uma aprendizagem significativa crítica e foi alcançada pela grande maioria da turma.

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